quinta-feira, 4 de julho de 2013
ARTERIOSCLEROSE
TUDO SOBRE ARTERIOSCLEROSE
O que é Arteriosclerose?
A arteriosclerose é uma doença que leva ao endurecimento, fechamento e enfraquecimento dos vasos do sanguíneos. Ela ocorre devido a um depósito de gordura nesses vasos.
A doença pode acometer qualquer vaso sangüíneo, sendo os mais freqüentes: artéria aorta (principal vaso do corpo humano), artérias coronárias (as que irrigam o coração), artérias cerebrais (as que irrigam o cérebro) e as artérias periféricas (as que irrigam braços e pernas).
A arteriosclerose é caracterizada pela falta de flexibilidade das artérias (veias de grande calibre que levam o sangue do coração aos órgãos) resultante do espessamento e endurecimento das paredes em determinadas zonas do corpo. É mais frequente nos homens e idosos.
É classificada patologicamente em 3 tipos: arteriosclerose calcificante focal (esclerose de Monkberg), a arteriosclerose e a aterosclerose.
A aterosclerose é a mais frequente, atinge artérias de grande e médio calibre, desencadeada pela acumulação de gordura, cálcio e outras substâncias nas paredes internas das artérias. A zona onde há a acumulação chama-se de placa. Esta reduz o calibre da artéria provocando diminuição da quantidade de sangue que consegue passar e consequente aumento do esforço do coração para bombear. Este esforço provoca hipertensão arterial sistólica.
A superfície interna da artéria é lisa. Com aterosclerose torna-se irregular, o que constitui um obstáculo à circulação e facilita a formação de coágulos (trombos) no local da placa entupindo total ou parte da artéria impedindo ou diminuindo a passagem do sangue.
Os trombos formados sobre e placa ao se soltarem no cérebro provocam uma embolia ou trombose cerebral, se for no coração provocam um enfarte mas se for num membro (perna) o doente claudica (manca). Se a obstrução da perna for total, o sangue não passa e provoca gangrena. A gravidade e consequência da doença dependem do local onde ocorreu.
Causas da Arteriosclerose
- Idade avançada (a placa vai-se formando com o avançar da idade);
- Colesterol elevado (o excesso acumula-se nas paredes das artérias);
- Intoxicações (alteram a estrutura da parede das artérias);
- Diabetes (dificulta a cicatrização das lesões e se não for tratada pode causar insuficiência cardíaca ou insuficiência renal);
- Sífilis (a bactéria que provoca sífilis destrói a mucosa provocando cortes muito pequenos nesta mucosa);
Fatores de risco para Arteriosclerose
- Surge em pessoas com a idade compreendida nos 50 a 70;
- Sexo masculino até +/- 50 anos. As mulheres após a menopausa igualam;
- A hipertensão arterial altera a superfície interna das artérias, favorecendo a formação de trombos;
- O tabaco aumenta de uma forma bastante considerável o risco. Se o doente deixar de fumar melhora a evolução da doença;
- O colesterol elevado no sangue aumenta o risco de depositar o excesso nas paredes das artérias obstruindo-as;
- Ingestão de gordura em excesso na alimentação;
- Hereditariedade (Não é genético mas há uma alteração metabólica em algumas famílias tornando-as mais propensas);
- Vida sedentária (A atividade física reduz o colesterol e melhora a circulação).
Diagnóstico
- O cardiologista ou cirurgião vascular é o médico especialista para esta doença;
- Quando o doente chega no hospital, deve-se tentar saber o máximo de informações possíveis sobre o que sente, hábitos de vida e medicamentos que toma, para se poder fazer a história clínica dele;
- No exame físico, o médico tenta, com dois dedos, sentir os pulsos nas artérias da zona afetada, para tentar saber a gravidade da doença. Também pede análises do sangue, eletrocardiograma do coração, exame eco Doppler e arteriografia.
Sintomas mais comuns da Arteriosclerose
- Dilatações de algumas áreas dos vasos sangüíneos (aneurismas);
- Dor no peito tipo facada (angina ou infarto);
- Dores fortes na cabeça (derrame cerebral);
- Dores em braços e pernas (trombose).
Arteriosclerose dos Membros inferiores
É uma doença que acomete a parede das artérias. É sistêmica, ou seja, pode ocorrer em todas as artérias do corpo, principalmente nas do cérebro, coração e membros inferiores. Nestes, o principal sintoma é a dor, especialmente na panturrilha, durante o caminhar. Isto ocorre após o percurso de distâncias variáveis (longas ou muito curtas) e está relacionada diretamente com o grau de entupimento das artérias.
Em muitos casos, este quadro leva a uma incapacitação para o trabalho. O tratamento varia de acordo com a gravidade de cada caso. Em situações mais controladas os cuidados clínicos são basicamente exercícios físicos e controle dos fatores de risco como o hábito de fumar, além do possível uso de medicamentos vasodilatadores e de coagulação. Em casos mais graves o mais adequado é o tratamento cirúrgico.
Arteriosclerose e Diabetes
A arteriosclerose se instala rapidamente em indivíduos diabéticos que não controlam sua glicemia adequadamente, pois esta é a principal causa das complicações do diabetes, que incluem a neuropatia, a arteriopatia e a infecção.
Essas complicações do diabetes acometem com muita freqüência os pés; por isso se cunhou o termo "Pé Diabético". Após uma série de estudos foi constatado que a arteriopatia é geralmente distal, isto é, atinge as artérias abaixo do joelho, ocorrendo também nos capilares (os pequenos vasos da micro-circulação); a neuropatia provoca a redução da dor e sensibilidade nos pés, levando o paciente a ignorar dores e até feridas; e a infecção é o fator que leva, em questão de horas ou dias, à destruição dos tecidos. O tratamento da vasculopatia inclui o uso de medica-mentos, que irão dilatar os vasos ou tentar desobstruí-los.
Outros produtos agem evitando a coagulação do sangue ou a adesão das plaquetas - células que iniciam a trombose. Nem sempre o tratamento clínico é suficiente e, em alguns casos, pode-se optar pela cirurgia, através de pontes, como a de safena. Quando já existe necrose, o cirurgião vascular realizará uma drenagem cirúrgica retirando a parte do tecido morto. Quando está área é muito extensa (gangrena) o cirurgião realiza uma amputação. Algumas vezes esta solução extrema é o único recurso para salvar a vida do paciente, uma vez que a gangrena pode levar ao óbito. O controle rigoroso da glicemia é essencial para evitar o “pé diabético”. O auto-exame é a melhor forma de prevenção, por isso, seguem algumas recomendações:
- Examine, todos os dias, os seus pés. Verifique se existem bolhas, calos, úlceras, edemas, micose entre os dedos ou infecções;
- Examine e passe as mãos dentro de seus sapatos. Não use o calçado antes de examiná-lo com as mãos. Não use sapatos apertados e nunca ande descalço;
- Lave bem e diariamente os pés, usando água morna. Use sabão neutro. Enxágüe bem os pés e entre os dedos;
- Andar é o melhor exercício para a circulação. Ande pausadamente e de forma regular. Alguns quarteirões por dia são suficientes. Consulte seu médico;
- Abandone o cigarro para preservar a sua circulação;
- Corte as unhas com cuidado, evitando machucar a pele. Não retire a "cutícula", ela protege sua unha. Não permita que extraiam sua unha sem um exame médico prévio;
- Nos dias frios, proteja os pés usando meias de lã ou algodão, bem folgadas. Nunca use nada que aperte seus pés e possa prejudicar o fluxo sangüíneo;
- Nunca confie na sua sensibilidade térmica ou dolorosa. Evite os excessos de calor e frio. O fato de você sentir que seu pé está frio não significa que esteja. Nunca aplique saco de água quente nos pés.
Prevenção da Arteriosclerose
- Evitar sempre que possível alimentos gordurosos (gordura animal) como carne de porco, toucinho, banha de porco, pele de frango, etc.
- Evitar cigarro e bebidas alcoólicas em excesso;
- Manter uma alimentação balanceada, evitando a obesidade;
- Verificar a pressão arterial com frequência, principalmente após os 40 anos de idade;
- Utilizar sempre que possível cápsulas de sementes de uva em pó;
- Ingerir frutas e verduras;
- Realizar exame de dosagem do colesterol no sangue sempre que possível;
- Praticar alguma atividade física regularmente.
ATENÇÃO: O melhor remédio contra a Arteriosclerose é a prevenção!
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