quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
USO EXCESSIVO DE BEBIDAS ALCOÍLICAS E DRAGAS CUDADO FINAL DE ANO E NÃO DE VIDA
Diretrizes Clínicas
Protocolo Clínico
034
Protocolo de Abuso
de Drogas 1:
Intoxicação
Alcoólica
Aguda
Responsáveis/Unidade:
Raquel Martins Pinheiro (CMT), Vitória Sandra Nolasco (Coord. Permanência-
Dia / Enfermeira), Audary Ferreira Cruz ( Médico Clínico), Fernando Teixeira
Grossi (Médico Psiquiatra).Centro Mineiro de Toxicomania .CMT/ Jerson
Soares Antunes Júnior ( Médico – Especialista em Clínica Médica); Sérgio
Campos (supervisor da residência de psiquiatria do IRS);CEPAI / Ana Maria
Chagas (Psicóloga ) e Rogério Pereira Fonseca (Coordenador do NEP)
(Coordenador do NEP); HGV / Daniel Eugênio de Freitas; CHPB / Leonardo
José Tolendal; HGV /Eliane Mussel
Colaboradores:
Oscar Antônio de Almeida Cirino (Coord. Clínico / CMT)
Validadores:
Revisores
Guilherme Freire Garcia; Valéria Fonseca Pinto; Henrique Machado Torres Brunelli Izar, Jôvvi Dimas Virgolino Malta
Cardoso e Julimar Vinicius da Silva Marques.
Última revisão: 06/12/2011
Estabelecido em: 20/01/2012
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INTRODUÇÃO | RACIONAL
Segundo a Organização mundial de Saúde, é estimado que 2,5 milhões de pessoas morreram de causas
relacionadas ao álcool em 2004, incluindo 320 000 jovens entre 15 e 29 anos. O uso nocivo do álcool foi
responsável por 3,8% de todas as causas de morte em 2004, sendo uma das maiores causas de risco
evitável para desordens neuropsiquiátricas, doenças cardiovasculares, cirrose hepática, neoplasias,
doenças infecciosas, além de acidentes de trânsito e violência10.
Em levantamentos realizados em 2001 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas,
CEBRID, 70% dos brasileiros que residem em cidades com população superior a 200 mil habitantes, já
experimentou algum tipo de bebida alcoólica e cerca de 11% são dependentes de álcool, sendo maior a
sua incidência entre os homens do que entre as mulheres.
Dentre as emergências relacionadas ao álcool, a intoxicação aguda é a causa mais freqüente de avaliações
no pronto-socorro.
As manifestações clínicas e a intensidade dos sintomas não dependem exclusivamente da quantidade de
álcool ingerida, mas de outros elementos associados como, condição genética do indivíduo, presença de
comorbidades, concomitância de eventos externos alheios à vontade do paciente (acidentes, traumas, etc)
e a associação de outras substâncias, podendo inclusive haver intoxicação sobreposta por outras drogas.
Em crianças é freqüente a intoxicação por ingestão de produtos domésticos que contém álcool como
colônias, colutórios bucais, medicamentos e solventes. Apesar de o etanol ser a substância mais
comumente associada ao abuso, deve-se destacar a possibilidade de ingestão do metanol (muito
parecido com o etanol e é utilizado em laboratórios, produtos de limpeza, removedores de tinta e fluidos
de máquinas copiadoras), e do etilenoglicol (incolor, inodoro, adocicado, solúvel em água, usado como
solvente para tinta, plástico e produtos farmacêuticos, ingrediente para explosivos, fluidos hidráulicos,
radiadores e substâncias de limpeza).
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O uso de álcool em crianças e adolescentes pode chega a 7% aos 12 anos e até a 80% aos 18 anos, com
riscos de lesões e mortes acidentais, suicídio, gravidez não planejada, sexo não protegido, problemas
sociais e escolares, e a longo prazo, maior risco de dependência e lesões estruturais do cérebro12.
A tabela a seguir mostra as alterações encontradas em bebedores sociais ou freqüentes de
acordo com os níveis sanguíneos de alcoolemia:
Níveis plasmáticos de álcool (mg%) e sintomatologia relacionada
Alcoolemia (mg%) Quadro clínico
30 Euforia e excitação Alterações leves da atenção
50
Incoordenação motora discreta Alteração do humor
personalidade e comportamento Não é permitido
dirigir acima desse nível alcoólico
100
Incoordenação motora pronunciada com ataxia
Diminuição da concentração Piora dos reflexos
sensitivos Piora do humor
200 Piora da ataxia Náuseas e vômitos
300 Disartria Amnésia Hipotermia Anestesia (estágio I)
400 Coma Morte (bloqueio respiratório central)
Fonte: Adaptação do quadro 4, Projeto Diretrizes - Abuso e Dependência do Álcool
Podemos dividir a intoxicação alcoólica em fases
· Uma fase excitatória, nas quais os níveis de alcoolemia atingem de 100 a 200mg%:
o Até 75 mg%: sensação de relaxamento, desinibição, às vezes quietude, introspecção ou
agressividade;
o Até 100 mg%: estado de ataxia, incoordenação, queda do "juízo critico", aumento da
"autoconfiança" (risco de acidente automobilístico);
o Níveis de 125 a 150 mg%: alguns continuam afáveis e desinibidos, outros muito agressivos ou
mutismo e quietude exagerados.
· Uma fase depressora, com efeito combinado final dos sistemas GABA-ergicos e GLU-ergicos, ou seja,
ação neuronal diminuída, na qual os níveis de alcoolemia atingem mais de 200 a 250 mg%,
provocando efeitos narcóticos do etanol . Em bebedores, a alcoolemia pode chegar de 300 a 350 mg%
. Há o risco de depressão respiratória e circulatória e a hospitalização de urgência pode ser
necessária.
• Ressaca: os metabólitos do etanol são tóxicos, principalmente o acetaldeido, que é responsável pela
sensação de mal estar, náuseas, vômitos, cefaléia, tonturas e indisposição pós – embriaguês. Estes
sintomas em geral são auto - limitados e desaparecem com uso de sintomáticos. Em etilistas mais
persistentes, mas ainda não totalmente alcoólatras, estes sintomas na verdade já podem ser uma
Síndrome de Abstinência precoce.
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Comentários: A embriaguez é causa de quedas, acidentes automobilísticos, crimes, traumatismos
diversos e devem ser obrigatoriamente diferenciada da intoxicação por sedativos, traumatismo craniano,
hipoglicemia grave, etc.
OBJETIVOS
1. Estratificar o atendimento da intoxicação alcoólica aguda
2. Prevenir o agravamento do quadro com convulsões, delirium
3. Vincular o paciente com dependência alcoólica a tratamento específico
SIGLAS
PA: Pressão arterial
FC: Frequência cardíaca
TAX: Temperatura axilar
SPA: Substância Psicoativa
CAPSad: Centro de Atenção Psicossocial para usuários de álcool e outras drogas.
DSM IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
MATERIAL/PESSOAL NECESSÁRIO
- Médicos clínicos, psiquiatras, e especialidades clínicas necessárias
- Enfermagem capacidada em emergência clínica e psiquiárica
- Psicólogo
- Assistente social
- Unidade de urgência com leitos de observação
- Equipamento para soroterapia
- Psicofármacos
- Medicação sintomática
ATIVIDADES ESSENCIAIS
Critérios Diagnósticos
(DSM IV 303.0 - Intoxicação com Álcool): (CID 10 F10.0-F10.1-F10.2)
A. Ingestão recente de álcool;
B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e mal adaptativas (p. ex.,
comportamento sexual ou agressivo inadequado, humor instável, prejuízo no julgamento, prejuízo no
funcionamento social ou ocupacional) desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de álcool;
C. Um ou mais dos seguintes sinais, desenvolvidos durante ou logo após o uso de álcool:
1. Fala arrastada
2. Incoordenação
3. Marcha instável
4. Nistagmo
5. Comprometimento da atenção ou da memória
6. Estupor ou coma
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D. Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais bem explicados por outro
transtorno mental.
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA AGUDA
É importante salientar que não há nada que se possa fazer para acelerar a metabolização do álcool ou
que alivie os sintomas de embriaguez.
ABORDAGEM INICIAL
· Sempre considerar a realização do ABCD primário e secundário durante toda a permanência do
paciente.
· Avaliar os dados vitais e o estado geral do paciente;
· Atitude receptiva, sem julgamento moral, acolhedora;
· Manutenção de hidratação adequada e correção de distúrbios hidroeletrolíticos;
· Pesquisar intoxicações anteriores e gravidade destas;
· Tranqüilização do paciente, evitar gestos ameaçadores; oferecer local de segurança – cadeira, maca
com proteção lateral,maca com cabeceira elevada ou mesmo o chão, para evitar quedas;
· Manutenção de ambiente iluminado, evitar ruídos;
· Suporte do serviço social e psicologia;
· Atentar neste momento para possibilidade de a associação de outras condições clínicas como
traumatismos, infecções respiratórias, alterações cardiovasculares com instabilidade hemodinâmica e
arritmias, além da observação de evidências que indiquem o abuso crônico (desnutrição, ascite,
lesões cutâneas etc.);
· Drogas depressoras do SNC estão contraindicadas;
· Em caso de agitação intensa ou violência física, pode ser usado haloperidol, tendo o cuidado de
observar risco de depressão respiratória. A imobilização do paciente seguindo protocolo específico
deve ser uma alternativa quando fracassadas as demais intervenções;
· Avaliar alterações do sistema nervoso central (SNC), distúrbios metabólicos como hipoglicemia,
acidose lática, hipocalemia, hipomagnesemia, hipoalbuminemia, hipocalcemia e hipofosfatemia;
· Exames laboratoriais podem ser requisitados dependendo da gravidade do caso: sódio, potássio,
cloro, bicarbonato, cálcio, magnésio, glicemia, uréia, amilase, função hepática, screen toxicológico,
gasometria arterial, cetonemia e cetonúria. Outros exames como ECG, recursos imaginológicos
devem ser solicitados de acordo com a evolução clínica desfavorável.
CASOS DE INTENSIDADE LEVE A MODERADA – Tratamento ambulatorial
Manter uma vigilância cuidadosa do paciente e verificação dos dados vitais ate a melhora clinica, com
uso de sintomáticos se necessário. Pacientes com quadros diagnosticados, a critério do examinador,
como leves, sem hipoglicemia e sem vômitos, poderão ser encaminhados ao domicílio com medidas de
suporte como hidratação e alimentação por via oral, bem como o uso de medicação sintomática.
Aqueles considerados moderados deverão permanecer sob observação e cuidados na unidade de
saúde.
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CASOS GRAVES COM INTENSA DEPRESSÃO OU COMA – Tratamento hospitalar
· Acesso intravenoso;
· Prevenção de aspiração; posicionamento em decúbito lateral.
· Solução intravenosa para correção de distúrbios hidoreletrlíticos, hipoglicemia.
· Administrar tiamina em caso de deficiência e uso de solução de glicose;
· Drogas anti eméticas se necessário
· Verificar e anotar dados vitais com freqüência, de acordo com a gravidade do caso;
· Terapia intensiva em caso de instabilidade cardio respiratória.
SEGUIMENTO DA INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA AGUDA
Resolvido o caso agudo, necessita-se investigar se este fato foi um episodio isolado ou não. Em
avaliação incial, deve-se verificar o consumo diário de álcool e sua frequência semanal, podendo ser
aplicados questionários específicos (CAGE – ver ANEXO III ). Em caso de resultado positivo, é
aconselhável encaminhar o paciente para "follow-up" em serviço especializado em tratamento de
alcoolismo. Para pacientes considerados não dependentes do álcool, sugere-se intervenção breve e
aconselhamento com objetivo de diminuir o uso de álcool e evitar práticas perigosas relacionadas3. Os
pacientes com complicações clínicas devido ao abuso de álcool deverão ser encaminhados para
tratamentos específicos (hepatologia, cardiologia, neurologia, nutrição, etc.). No caso de suspeita de
intoxicação concomitante com outras substâncias tóxicas, fazer contato com Serviço de toxicologia, no
caso da FHEMIG, com a Toxicologia do HJXXIII .
Ver ANEXO I - Fluxograma de Atendimento à Intoxicação Alcoólica Aguda
ITENS DE CONTROLE
1. Nº. de pacientes atendidos em intoxicação alcoólica aguda / Nº. de pacientes acolhidos
mensalmente na instituição.
2. Número de pacientes com intoxicação alcoólica aguda internados / Número de pacientes com
intoxicação alcoólica aguda atendidos.
3. Número de pacientes com intoxicação alcoólica aguda leve/moderada encaminhados para tratamento
nos serviços de saude mental/ número de pacientes com intoxicação alcoólica aguda atendidos.
4. Número de pacientes com intoxicação alcoólica aguda grave encaminhados para tratamento em
hospitais gerais/ numero de pacientes com intoxicação alcóolica aguda atendidos.
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ANEXO I
Fluxograma Intoxicação Alcoólica Aguda
CA SO DE LEVE/MODERADA
INTENSIDADE:
Não requer tratamento
medicamentoso
Vigilância cuidadosa
Verificação sinais vitais até
melhora clínica.
Encaminhamento para serviço
especializado em tratamento do
alcoolismo se houver critérios de
dependência alcoólica.
Intervenção breve em caso de
uso nocivo do álcool
CASO GRAVE:
Diagnóstico diferencial com
condições clínicas associadas
Acesso periférico
Prevenção de aspiração
Sinais vitais
Correção DHEL e
hipovitaminose
Se agitação intensa ou
agressividade,
haloperidol/contenção física sob
indicação por protocolo
específico
SUPORTE HOSPITALAR/TERAPIA
INTENSIVA SE NECESSÁRIO
Intoxicação Alcoólica Aguda
Atendimento Urgência Clínica ou
Psiquiátrica
Leve/moderada Depressão /
Coma
Tratamento
Ambulatorial
Vigilância
Dados Vitais
Internação
Clínica
Alta / Seguimento
Critérios Dependência
Alcoólica- anexo III
Sem melhora
Observação
na unidade
Sim. Serviço
especializado em
tratamento do alcoolismo
Complicações
clínicas graves
Não. Intervenção breve
quanto aos riscos do uso
nocivo do álcool
Anexo IV
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ANEXO II
Prontuário
Data
Nome
Idade
Sexo
Leve
Mode
rada
Grave
Intoxicação
Leito
Crise
Leito Observação
Encaminhamento Externo
Formulário - Intoxicação Alcoólica Aguda
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ANEXO III
Critérios para Avaliação de Risco para Dependência Alcoólica:
Homem - bebe mais que 4 doses de álcool por dia ou mais que 14 por semana?
Mulher - bebe mais que 3 doses de álcool por dia ou mais que 7 por semana?
Uma dose equivale de 10 a 14 gramas de álcool, em média. Para obter as doses equivalentes de uma
determinada bebida, é preciso multiplicar sua quantidade por sua concentração alcoólica; (*) A quantidade
de álcool em gramas é obtida a partir da multiplicação do volume de álcool contido na bebida pela
densidade do álcool (d=0,8).
Fonte: www.niaaa.nih.gov/index.htm
Questionário CAGE
Acrônimo formado pelas iniciais das palavras inglesas;
Cut down;
Annoyed by criticism;
Guilty;
Eye-opener
1- Você já pensou em abandonar (Cut down) o hábito de beber?
2- Você já ficou aborrecido quando recebeu críticas (Annoyed by criticism) sobre seu hábito de beber?
3- Você já se sentiu culpado (Guilty ) pelo fato de beber?
4- Você já bebeu pela manhã (Eye-opener ) para ficar mais calmo ou se livrar de uma ressaca?
As respostas às perguntas desse questionário são usadas para avaliação da dependência do álcool.
A presença de duas repostas afirmativas sugerem dependência do álcool.
Bebida Volume
Teor
alcoólico
Quantidade de álcool
(volume x teor)
Gramas de álcool
(volume de álcool x
0,8*):
Destilado
(um copo de 40 a 50 ml)
40 40% 16 mL 12,8 gramas
Vinho tinto
(uma taça)
150 12 % 18 mL 14,4 gramas
Cerveja
(uma lata/um caneco de
chope)
350 mL 5% 17,5 mL 14,0 gramas
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ANEXO IV
Intervenção breve para Pacientes com uso Nocivo do Álcool
Modificado da referência (11)
1- Faça sua avaliação e relate com clareza: “Você está bebendo mais do que é medicamente seguro”.
“Recomendo fortemente que você deixe de beber ou diminua a quantidade, e estou disposto a ajudá-lo”.
2- Se o paciente disser que não quer mudar o hábito de beber: Não desista, ambivalência é comum.
Reafirme sua preocupação com sua saúde. Encoraje sua reflexão pesando os motivos para continuar
bebendo versus razões para parar de beber, quais são suas maiores barreiras.
3- Se o paciente disser que quer parar de beber: Ajude a traçar uma meta para diminuir a bebida ao
máximo ou se abster por um tempo. Combine um plano com passos específicos (ex: não ir ao bar após
o trabalho, não tenha bebidas em casa, alternar bebidas alcoólicas com não alcoólicas). Pergunte
como o paciente vai lidar com situações de alto risco, quem pode ajudá-lo.
4- Fornecer materiais educacionais.
OBS: Propostas para intervenção breve em criaças e adolescentes, ver referência (12)
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
Grau de
Recomendação /
Nível de Evidência
1- Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2197 de 15 de outubro de
2004.
D
2- Masur J, Formigoni, M ; Laranjeira, R, Formigoni, G. G. S, Zwicker, A. P,
Salim R. J, Pinotti D. O. F; Intoxicação alcoólica e glicose. Um estudo
duplo-cego em pacientes de pronto-socorro. Revista da Associação
Médica Brasileira São Paulo 1982; 28:168-171.
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3- Vonghia L, Leggio L, Ferrulli A, Bertini M, Gasbarrini G, Addolorato
G;Alcoholism Treatment Study Group. Acute alcohol intoxication. Eur J
Intern Med.2008 Dec; 19(8):561-7. Epub 2008 Apr 2. Review.
B
4- Golmaum TS, Noritomi DT, Libório AB. Emergências relacionadas ao
álcool.In:Martins HS, Neto AS, Velasco IT. Emergências clínicas
baseadas em evidências. I. ed. São Paulo: Atheneu; 2006: 87-97.
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5- Martine HS, Jacon SM. Intoxicações exógenas agudas. In:
Martins HS, Neto AS, Velasco IT. Emergências clínicas baseadas em
evidências. I. ed. São Paulo: Atheneu; 2006: 61-86.
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6- Martins HS. Tratamento específico das intoxicações exógenas agudas.
In: Emergências clínicas abordagem prática. IV ed. São Paulo: Manole;
2009: 751-778.
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7- Projeto Diretrizes AMB e CFM, Abuso e Dependência do álcool. 2002. A
8- World Health Organization. Global status report: alcohol and young
people. Geneva:Who; 2001.
B
9- Formigoni MLOS, Galduróz F, Micheli DD, Álcool: efeitos agudos
crônicos no SNC e em outros sistemas orgânicos.
C
10- World Health Organization. Global strategy to reduce the harmful use of
alcohol. Genebra. 2010.
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11- US Department of Health & Human Services. National Institutes of
Health National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism. Helping
patients who drink too much. A clinician’s guide 2005. disponível em:
http://pubs.niaaa.nih.gov/publications/Practitioner/CliniciansGuide2005/cli
nicians_guide.htm. acesso em 15 de novembro de 2011.
D
12- National Institutes of Health National Institute on Alcohol Abuse and
Alcoholism. Alcohol Screening and Brief Intervention for Youth. A
Practitioner’s Guide, 2011. Disponível em
www.niaaa.nih.gov/YouthGuide. acesso em 15 de novembro de 2011.
D
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Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Anastasia
Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais
Marcus Vinícius Caetano Pestana da Silva
Subsecretaria de Políticas e Ações de Saúde
Maurício Rodrigues Botelho
Presidente
Antônio Carlos de Barros Martins
Vice-Presidente
Ronaldo João da Silva
Gabinete
Fernando Eduardo Guimarães de Carvalho
Procuradoria
Júlio César Pinto
Auditoria Seccional
Alexandre Gorgulho Cunningham
Assessoria de Comunicação Social
Christina Guimarães Marândola
Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças
Mércia Fátima Cardoso de Andrade
Diretoria Assistencial
Lívia Mara Ferreira
Diretoria de Gestão de Pessoas
Flávia de Queiroz Lima
Diretoria de Desenvolvimento Estratégico e Pesquisa
Hilda Maria Silveira Mesquita Zschaber
Comissão Central de Protocolos Clínicos da FHEMIG
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