sábado, 5 de outubro de 2013
DIABETES INFERTILIDADE IMPOTÊNCIA SEXUAL.
Associação de fatores determinantes para redução da
fertilidade em homens diabéticos
Revisão Bibliográfica
Glauceni de Souza e Silva1
Fábio Asmar Andrade2
1- Pós-Graduando em nível de especialização do curso de especialização em
Reprodução Humana da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
2- Professor Auxiliar I do Departamento de Biomedicina da Pontifícia Universidade
Católica de Goiás. Coordenador do curso de especialização em Citopatologia
Ginecológica.
Resumo
Os altos índices de prevalência mundiais da diabetes promovem ampla discussão
sobre suas complicações. A infertilidade em homens diabéticos é uma questão que vem
sendo discutida pela comunidade científica, mas ainda existe uma lacuna no
entendimento dos mecanismos que provocam alterações na fertilidade masculina. A
disfunção sexual erétil nesses indivíduos pode ser uma interação de fatores orgânicos,
em que danos vasculares são os responsáveis, e psicogênicos. Assim, a microangiopatia
diabética promove a oclusão dos pequenos vasos sanguíneos do pênis dificultando o
enchimento de sangue ou provoca deficiência das válvulas ateroscleróticas, facilitando a
fuga do sangue. Em indivíduos diabéticos que apresentam ejaculação retrógrada, a
infertilidade parece acontecer com maior freqüência que em indivíduos diabéticos sem
essa disfunção, no entanto o baixo controle glicêmico e a cronicidade da doença
diabética tendem a agravar essa disfunção. Contudo, alterações metabólicas em homens
diabéticos são responsáveis por alterações nos níveis de hormônios importantes na
função sexual. Baixos níveis de testosterona são encontrados nesses indivíduos, o que
prejudica a função testicular, ocorrendo diminuição do ejaculado. Dessa forma, a
diminuição da contratilidade da vesícula seminal, causada principalmente pela
neuropatia autonômica, colabora para a diminuição ou ausência de ejaculado. Acreditase que desordens da glândula tireóide em diabéticos, também afeta a função e
morfologia testicular, causando queda na fertilidade. Ainda, a fragmentação do DNA
espermático, umas das conseqüências da Neuropatia diabética, é resultado do acúmulo
de produtos finais de glicação avançada (AGEs), o que provoca o estresse oxidativo e consequentemente, diminui a qualidade do embrião e a taxa de implantação. Esse
trabalho tem como objetivo reunir e correlacionar esses fatores, afim de promover um
melhor entendimento sobre os mecanismos que geram infertilidade em homens
diabéticos.
Palavras-chave: Infertilidade masculina, diabetes, neuropatia, disfunção sexual
Abstract
The high prevalence rates of diabetes promotes world wide discussion of its
complications. Infertility in men with diabetes is an issue that has been discussed by the
scientific community, but there is still a gap in understanding the mechanisms that cause
changes in male fertility. Sexual dysfunction erectile these individuals may be an
interaction of organic factors, which are responsible for vascular damage, and
psychogenic. Thus, diabetic microangiopathy promotes occlusion of small blood vessels
of the penis making it difficult to fill with blood or atherosclerotic deficiency causes the
valves, facilitating the escape of blood. In diabetic individuals who have retrograde
ejaculation, infertility seems to happen more frequently than in diabetic subjects without
this disorder, however, the low blood glucose control and diabetic chronic disease tend
to aggravate this condition. However, metabolic changes in diabetic men are responsible
for changes in the levels of important hormones in sexual function. Low testosterone
levels are found in these individuals, which affect testicular function, a decrease of
ejaculate. Thus, the decreased contractility of seminal vesicle, mainly caused by
autonomic neuropathy, contributes to the decreased or absent ejaculate. It is believed
that disorders of the thyroid gland in diabetes, also affects testicular function and
morphology, leading to decrease in fertility. Still, sperm DNA fragmentation, one of the
consequences of diabetic neuropathy is the result of the accumulation of advanced
glycation end products (AGEs), which causes oxidative stress and consequently
decrease embryo quality and implantation rate. This study aims to gather and correlate
these factors in order to promote a better understanding of the mechanisms that cause
infertility in men with diabetes.
Key words: Male infertility, diabetes, neuropathy, sexual dysfunction
Objetivo
O referido artigo objetiva realizar um levantamento bibliográfico da situação atual das
principais causas de infertilidade masculina ligados a diabetes tipo 1 e 2 através de
revisão bibliográfica. Materiais e Métodos
Foram realizadas buscas de publicações nos bancos de dados da Biblioteca
Regional de Medicina (BIREME), da National Library of Medicine (NLM) e National
Center for Biotechnology Information (NCBI). A estratégia de busca elaborada, com
artigos indexados por bancos de dados dessas bibliotecas, incluindo o LILACS, Scielo,
MED LINE e Pubmed Central.
Após a seleção dos artigos, foram lidos os resumos e identificados os que abrangiam o
conteúdo da proposta de revisão. Foram pesquisados artigos que continham as palavras
chaves: Infertilidade masculina, diabetes, neuropatia e disfunção sexual. Com essas
palavras chaves, foram feitas buscas eletrônicas nos bancos de dados acima citados,
para o corpo dos artigos selecionados. A amostra do trabalho é representativa dos
resultados desta pesquisa.
Por fim, foi realizada uma análise qualitativa, reunindo os pontos principais de cada
texto, organizando-os de forma hierárquica, comparando e validando cada assunto.
.
Introdução
A diabetes é uma doença de alta prevalência mundial, cujos índices vem
crescendo de forma significativa, constituindo-se um importante problema de saúde
pública (PONTES et al., 2011). Existe uma ampla discussão sobre a relação da
infertilidade masculina e a diabetes, já que indivíduos do sexo masculino portadores de
diabetes possuem algumas complicações que podem estar associadas a distúrbios de
infertilidade (PETROIANU et al., 2009).
Podemos relacionar como um dos fatores desencadeantes da queda de
fertilidade, a diminuição dos níveis de testosterona. Os baixos níveis de testosterona,
causados pela queda de insulina circulante no organismo, são responsáveis por
prejudicar a função das células de Leydig, produtoras desse hormônio (PONTES et al.,
2011).
No entanto a diabetes é uma síndrome caracterizada por microangiopatia difusa,
que afeta diversos tecidos e órgãos. As alterações vasculares decorrentes desta doença
podem comprometer o sistema reprodutor masculino (BARBOSA et al., 2008), sendo a disfunção sexual erétil (DSE) um dos principais relatos encontrados em diversos
estudos.
A neuropatia diabética afeta o controle endócrino e, indiretamente, o controle
sexual do organismo, podendo gerar algum tipo de disfunção sexual (McVARY et al.,
1997). O estresse oxidativo tem sido citado como causa de distúrbios que afetam a
função espermática normal (BANSAL e BILASPURI, 2010). Sendo responsável por
isso, os produtos finais da glicação avançada (AGE), que interferem de forma
significativa na fertilidade masculina em homens diabéticos. Em diabéticos, as AGEs
causam danos no DNA espermático, alterando a motilidade dos espermatozóides
(MALLIDIS et al., 2009).
Disfunção erétil e diabetes.
A disfunção sexual é definida como a incapacidade de ereção do homem para
alcançar e / ou manter ereção adequada para atingir a atividade sexual satisfatória. A
freqüência de disfunção erétil sexual (SED) é significativamente maior no diabético
quando comparado à população em geral (CASTELO et al., 2003).
A primeira informação sobre a ocorrência de impotência sexual como um efeito
colateral de diabetes mellitus foi lançado em publicidade na Inglaterra em 1798. Nos
mais de 200 anos decorridos desde então, a fisiopatologia desta doença e de outros que
ocorrem com frequência em diabéticos continuam difíceis de explicar, mas têm como
associação secundária, fatores psicógenos (QUEZADA VÁZQUEZ, 2002 apud
GARCIA ÁLVAREZ et al., 1995).
Em estudo realizado por Roth et al. (2003) foi identificado que a prevalência de
disfunção erétil (DSE) aumentou com a idade e duração da doença, e houve associação
entre o aumento da prevalência e o baixo nível de controle glicêmico.
A DSE, sem dúvida, é o achado mais frequente dentre os distúrbios sexuais
estudados. A microangiopatia, em indivíduos diabéticos, causa danos vasculares pela
oclusão dos pequenos vasos sanguíneos do pênis ou pela deficiência das válvulas
ateroscleróticas. Assim, provocando o enchimento insuficiente de sangue ou facilitando
sua fuga, respectivamente (QUEZADA VÁZQUEZ, 2002 apud BRUNER e ROSSI,
1995). No entanto os fatores de risco que controlam o grau de incidência da disfunção
erétil são modificáveis. Problemas psicológicos contribuem para essa disfunção, além
das causas orgânicas (DE BERARDIS et al., 2007). O quadro clínico e etiológico exibe
uma complexa interação entre influências físicas e psicológicas (FAIRBUM, 1981).
A ejaculação retrograda e a diabetes
A ejaculação retrógrada é o processo no qual o sêmen toma a direção da bexiga
ao invés de ser lançado pela uretra para fora do corpo. A neuropatia diabética é uma
frequente causa de ejaculação retrógrada, tendo como conseqüência principal a
infertilidade masculina (PONTES et al., 2011). Quesada Vazquez (2002), deu atenção
especial à ejaculação retrógada em homens diabéticos, relatando que 10,2% desses
indivíduos possuem tal disfunção. Isso foi discordante dos achados literários de 1 a 2%
(QUESADA VAZQUEZ, 2002). No entanto esse relato parece poder ser justificado
pelo fato de o grupo estudado possuir 10 anos ou mais de cronicidade da doença
diabética. Podemos inferir primariamente, portanto, que os danos gerados são agravados
pela falta de controle glicêmico e avanço da diabetes.
Alterações hormonais associadas à disfunção sexual em diabéticos
Em homens diabéticos, o volume seminal e a quantidade de espermatozóides
estão diminuídos, o que pode estar relacionado aos altos índices plasmáticos de LH e
FSH. Isso pode ser explicado pela função prejudicada do eixo hipotálamo-hipófise
testicular em homens diabéticos, e o controle glicêmico pode ser parcialmente
responsável por essa disfunção, conforme estudo apresentado por Handelsman (1985) .
No entanto, Petroianu et al. (2009) sugeriram que a neuropatia e a insuficiência
vascular podem estar relacionadas à disfunção sexual em pacientes diabéticos tipo I e II,
sem, entretanto, haver comprometimento do eixo hipotálamo-hifofisário-gonadal .
Pimenta et al. (2005) confirmaram elevada prevalência de tireopatias entre
pacientes com DM, principalmente do tipo 2, pois os distúrbios da função tireoidiana
podem ser induzidos pelas alterações metabólicas do DM (I e II). Sendo assim
desordens na função da glândula tireóide também podem ser associadas à
anormalidades na morfologia e função testicular, assim como na diminuição da
fertilidade e alterações na atividade sexual masculina (WAJNER et al. 2009) PONTES et al. 2011 verificaram que em ratos diabéticos, induzidos por
estreptozocina, houve uma diminuição ou ausência de ejaculado e a suplementação com
testosterona não foi suficiente para reverter a situação, comprovando achados de estudos
anteriores. Apesar de alguns autores relatarem situação contrária, quando a
suplementação com testosterona mantem-se por um tempo igual ou superior a 8
semanas (LONGHURST, 1990).
Em estudo ultrassonográfico realizado por La Vignera et al. (2010), a presença
de atonia funcional da vesícula seminal em homens diabéticos inférteis é verificada.
Descoberta essa que reforça a hipótese de diminuição da contratilidade do ducto
deferente da vesícula seminal, justificando a diminuição do volume espermático
encontrado nesses indivíduos. A administração de insulina parece melhorar
parcialmente a contração dos ductos deferentes, conforme experimento em ratos
diabéticos, induzidos por estreptozocina (PONTES et al., 2011).
Fragmentação do nDNA espermático em diabéticos
Nos países industrializados tem se observado um crescente aumento de casos de
diabetes em homens jovens, consequentemente afetando a fertilidade nesses indivíduos.
Muitos trabalhos têm tentado explicar as causas desta infertilidade. Atualmente, a
explicação mais aceita e discutida é que em homens diabéticos ocorre uma
fragmentação no nDNA espermático, diminuindo a qualidade do embrião e a taxa de
implantação (Morris et al., 2002; Henkel et al. 2003). Essa fragmentação do nDNA é
resultado do acúmulo dos produtos finais da glicação avançada (AGEs). A glicação é o
processo pelo qual os acúcares se ligam aos resíduos de amina livres. Estes produtos
recém formados são chamados AGEs, que são tóxicos ao organismo por três
mecanismos: Interação com o receptor de AGEs (RAGE); deposição no tecido, e na
glicação in situ. (DAUROX et al., 2010). A hiperglicemia crônica induz modificações
moleculares devido ao aumento na oxidação da glicose e dos lipídios, promovendo a
formação de AGEs e estresse mitocondrial. O estresse oxidativo danifica o endotélio e
provoca disfunção vascular e complicações diabéticas (BARBOSA et al., 2008). A
concentração de AGEs total encontradas no plasma seminal de homens diabéticos são
significativamente maiores que em não diabéticos , enquanto que nenhuma diferença
significativa no plasma seminal entre os valores de metil carboxilisina (CML) nos dois
grupos (diabéticos e não diabéticos) foram observadas. Além disso, a peroxidação lipídica no no plasma seminal foi significativamente maior em indivíduos diabéticos do
que os não-diabéticos e uma capacidade antioxidante total (TAC) significativamente
menor foi detectada no grupo diabético quando comparado aos não-diabéticos. Isso
mostra um incremento na AGEs no plasma seminal de indivíduos diabéticos e pode
sugerir um papel fundamental para o processo de glicação e aumento do estresse
oxidativo na disfunção do sistema reprodutivo em estudo apresentado por Karimi et al.
(2010). Assim, a superprodução de produtos da peroxidação lipídica e glicação pode
participar no desenvolvimento de complicações diabéticas logo na infância e
adolescência (KOSTALANSKÁ et al., 2009).
A diabetes danifica o estado do processo ejaculatório dependente também da
contratilidade do ducto deferente tendo como conseqüência a ausência de ejaculação de
espermatozóides, resultante de problemas relacionados à liberação de noradrenalina na
fenda sináptica, causada principalmente por neuropatia autonômica (PONTES et al.,
2011). A neuropatia autonômica é uma das formas mais comuns e de maior gravidade
da neuropatia diabética. Sendo que a sua forma genitourinária é responsável por
disfunção erétil e ejaculação retrógrada.
O envelhecimento e a disfunção sexual em diabéticos tipo 2
A idade é outro fator discutido quando se avalia a fertilidade masculina. Podemos
adicionar a esse fator, o aumento da prevalência da diabetes melitus tipo 2 em
indivíduos com idade avançada. Com o envelhecimento, observamos um declínio nos
níveis de testosterona e aumento da gordura visceral, ambos fatores de risco para o
desenvolvimento de resistência a insulina e consequentemente de DM2. Como temos
visto, a hiperglicemia crônica pode ter efeito destrutivo sobre a microvasculatura
testicular, acarretando diminuição do número e função das células de Leydig (BAHIA et
al., 2003). Por outro lado, verificou se que a terapia de reposição testosterona diminui a
gordura corporal e melhora a resposta à insulina (ALVAREZ et al. 2010). As disfunções do equilíbrio homeostático no metabolismo de carboidratos, gera
um desequilíbrio no funcionamento de todos os órgãos e tecidos, em especial, as
glândulas produtoras de hormônio, o hipotálamo e a hipófise, provocando alterações no
perfil endócrino. As desordens na síntese de testosterona são causadas por mudanças a
nível molecular das células de Leydig, resultando em baixos níveis desse hormônio e
prejudicando a espermatogênese em indivíduos diabéticos. Algumas disfunções sexuais
como, disfunção erétil e diminuição de libido estão associadas ao grau de
desenvolvimento da doença diabética, pois essa doença leva gradualmente e
progressivamente ao envelhecimento das células do corpo (DINULOVIC; RADONJIC,
1990). Verificou-se também que a diabetes pode provocar um comprometimento da
fertilidade ainda na infância e adolescência. Visto que existe formação de AGEs em
excesso, podendo comprometer também a função reprodutiva em jovens
(KOSTALANSKÁ et al. 2009).
Outros fatores
O perfil metabólico dos testículos de ratos diabéticos apresentaram diminuição
da colina, creatina, carnitina e aumento de lactato, alanina e mio-inositol. Os níveis de
betaína encontrados foram aumentados na maioria dos ratos diabéticos, mas diminuídos
em alguns animais com grave perda de peso corporal e condição física. Essas alterações
nos níveis dos metabólitos de pequenas moléculas importantes na função espermática,
acrescentam novos parâmetros de associação entre estes metabólitos e sua influência
sutil no mecanismo de espermatogênese (MALLIDIS et al., 2007)
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