segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TRATAMENTO DA DOR NO ADULTO

ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.
Faculdade Anhanguera de Anápolis
Pós-graduação em Enfermagem em UTI


Anderson Ferreira
Chrystiane Ludovico
Eliene Ferreira Naves
Emily Pereira
Francielle Siqueira Rodrigues
Handers Barroso
Hana Mara
Junior Melo
Mayara Núbia
Paula Caixeta
Sabytha Araújo






AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA DOR NO ADULTO









Anápolis
2011
Anderson Ferreira
Chrystiane Ludovico
Eliene Ferreira Naves
Emily Pereira
Francielle Siqueira Rodrigues
Handers Barroso
Hana Mara
Junior Melo
Mayara Núbia
Paula Caixeta
Sabytha Araújo








AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA DOR NO ADULTO




Trabalho apresentado, como exigência parcial para a obtenção da nota na disciplina de Assistência Neurológica em UTI, na Faculdade Anhanguera de Anápolis, sob a orientação do prof. Ms. Klayton Galante Sousa.



Anápolis
2011


RESUMO

Trata-se de um estudo que tem como objetivo demonstrar por meio de revisão literária os meios de mensuração da dor e como pode ser realizado seu tratamento, por meio de medidas farmacológicas e não farmacológicas. A dor pode ser avaliada de um modo subjetivo, variando de pessoa para pessoa, se estabelecendo de varias formas e sendo considerada um evento amplo. A mensuração da dor é de extrema importância, pois é através dela que se pode estabelecer a melhor forma de tratamento. Para alguns, descrever a própria dor se torna difícil, por isso foram criadas algumas escalas para facilitar sua avaliação, sendo elas, numéricas, analógica visual, verbal e analógica visual modificada.

Palavras-chave: dor, mensuração, tratamento.


























ABSTRACT

It is a study that aims to demonstrate by means of a literature review of pain measurement and how their treatment can be accomplished by means of pharmacological and nonpharmacological. Pain can be evaluated in a subjective, varying from person to person, being established in many ways is being considered a large event. The measurement of pain is extremely important because through it we can establish the best form of treatment. For some, describe the pain becomes very difficult, so some scales were created to facilitate their evaluation, which were, numerical, visual analog, verbal and visual analog modified.

Keywords: pain, measurement, treatment.





























SUMÁRIO

RESUMO.......................................................................................................................... II
ABSTRACT...................................................................................................................... III
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 05
Capítulo 1 – Revisão de literatura.................................................................................. 06
1.1 Dor............................................................................................................................... 06
1.2 Mensuração da dor....................................................................................................... 06
1.3 Estratégias de tratamento da dor.................................................................................. 07
1.4 Medidas farmacológicas.............................................................................................. 08
1.4.1 Analgésicos opióides.......................................................................................... 08
1.4.2 Analgésicos não opióides................................................................................... 09
1.4.3 Analgésicos adjuvantes....................................................................................... 14
1.5 Medidas não-farmacológicas....................................................................................... 10
1.5.1 Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS)............................................ 10
1.5.2 Terapia com gelo e calor..................................................................................... 10
1.5.3 Massagem........................................................................................................... 10
1.5.4 Exercícios e atividade física............................................................................... 11
1.5.5 Distração............................................................................................................. 11
Capítulo 2 – Metodologia................................................................................................ 12
Capítulo 3 – Considerações finais................................................................................... 13
Referências Bibliográficas............................................................................................... 14



















INTRODUÇÃO



A dor é considerada um problema de saúde pública, sendo responsável pelo comprometimento na qualidade de vida gerando repercussões psicossociais e econômicas (BOTTEGA; FONTANA, 2010).
Para se obter um bom tratamento da dor é necessário avaliar suas características como local, intensidade, início e fatores desencadeantes. O tratamento inclui medidas farmacológicas e não farmacológicas.
As medidas farmacológicas incluem o uso de analgésicos opióides, antiinflamatórios não hormonais e analgésicos adjuvantes como antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos locais, corticosteróides, antiespasmódicos e biosfonatos.
O grande desafio do combate à dor inicia-se na sua mensuração, já que a dor é, antes de tudo, subjetiva, variando individualmente em função de vivências culturais, emocionais e ambientais.
Freitas et al. (2009) relata que como forma de melhor avaliar a dor em adulto, foram criadas escalas unidimensionais que permitem mensurar a dor possibilitando o acompanhamento da sua evolução e adequação da melhor forma de tratamento. São elas: Escala numérica (EN); Escala analógica visual (EAV); Escala verbal (EV); Escala analógica visual modificada (EAVM).
A dor se estabelece de modo indeterminado e incontrolado, a busca na melhor forma de avaliação da dor é incessante, seu alivio é de estrema importância e é um direito humano. Buscar avaliar, aliviar e controlar a dor é um papel importante para os profissionais de saúde, pois é por meio deles que pode se obter uma melhora, devido seus conhecimentos e suas prestações de serviços adequados.










CAPÍTULO 1 – REVISÃO DE LITERATURA


1.1 Dor
Segundo Freitas et al. (2009) dor é uma experiência necessária pois protege o indivíduo de maiores danos, considerando que a mesma faz com que o indivíduo se afaste da fonte lesiva.
A experiência dolorosa é considerada um evento amplo, no qual várias características da dor devem ser avaliadas, dentre elas: início, local, propagação, periodicidade, tipo de dor, duração e fatores desencadeantes. Importante também observar as reações comportamentais e fisiológicas como expressão facial, inquietação, irritabilidade, sudorese, palidez, taquicardia, dentre outros (PEDROSO; CELICH, 2006).

1.2 Mensuração da dor

Segundo Fontes; Jaques (2007) mensuração da dor é o ato de dispor em escala um número ou valor por meio de instrumentos unidimensionais com o objetivo de mensurar apenas a intensidade da dor.
Para Pedroso; Celich (2006) todos, de um modo geral, sabem o que é dor. Entretanto, para alguns é difícil descrever a própria dor e para a maioria é impossível conhecer a dor de outra pessoa. Isso porque a dor é uma sensação individual, com características próprias. A mensuração da dor possibilita planejar a medicação de acordo com a necessidade de cada paciente e possibilita avaliar a eficácia dos tratamentos.
Freitas et al. (2009) relata que como forma de melhor avaliar a dor em adulto, foram criadas escalas unidimensionais que permitem mensurar a dor possibilitando o acompanhamento da sua evolução e adequação da melhor forma de tratamento. São elas:
• Escala numérica (EN): quantifica a dor através de números. Consiste em uma linha reta numerada de 0 a 10, na qual 0 representa ausência de dor, 10 representa a pior dor imaginada e os demais números representam estádios intermediários de dor (Figura 1). Pode ser aplicada gráfica ou verbalmente. Possui a vantagem de ser um método rápido e prático, mas apresenta dificuldade de aplicação em pacientes com alterações de consciência ou baixo nível de escolaridade (FREITAS et al. 2009).




Figura 1 – Escala Numérica da dor (EN)

• Escala analógica visual (EAV): consiste em uma linha reta de 10 cm, com a descrição ausência de dor e a pior dor possível em cada uma das extremidades (Figura 2). O paciente poderá marcar em qualquer ponto da escala o intervalo que melhor representa a intensidade da sua dor. Exige maior nível cognitivo e necessita de controle motor, devido a necessidade de marcação na escala (FREITAS et al. 2009).


Figura 2 – Escala Analógica Visual (EAV)

• Escala verbal (EV): o paciente relata sua experiência dolorosa utilizando as descrições ausência de dor, dor branda, dor moderada, dor intensa e dor insuportável.

• Escala analógica visual modificada (EAVM): consiste na modificação da escala verbal para os pacientes em ventilação mecânica e/ou em unidades de terapia intensiva (Figura 3).

Figura 3 - Escala Analógica Visual Modificada (EAVM)

Para Freitas et al. (2009) o alívio da dor é um direito humano, no entanto seu tratamento ainda é um grande desafio. O tratamento inadequado ou i não alívio da dor pode aumentar o estresse, aumentar o risco para desenvolver doenças, podendo o paciente evoluir para o óbito.

1.3 Estratégias de tratamento dor

Um bom resultado no tratamento da dor necessita de uma avaliação cautelosa de sua natureza, tipos, intensidade, localização e conhecimento do melhor tratamento (INCA 2002).
Segundo Smeltzer; Bare (2005) as estratégias de tratamento da dor incluem medidas farmacológicas e não-farmacológicas.

1.4 Medidas farmacológicas
Antes de administrar qualquer medicamento é necessário conhecer a história pregressa do paciente a respeito de alergias a medicamentos e a natureza de quaisquer respostas alérgicas prévias. São utilizados analgésicos opióides, não-opióides e adjuvantes (SMELTZER; BARE, 2005).
1.4.1 Analgésicos opióides
Atuam através de receptores opióides espalhados no sistema nervoso central. A ativação desses receptores inibe a transmissão do estímulo doloroso aos centros de processamento e associação. Podem ser administrados por via endovenosa, intramuscular, subcutânea, transdérmica, retal e oral. O naloxone é o antagonista dos opióides. Os principais efeitos colaterais são: depressão respiratória, tolerância (necessidade de aumentar a dosagem do fármaco para obter o efeito desejado) e dependência física (produzida pela administração continuada da medicação podendo ocorrer síndrome de abstinência se retirado abruptamente) (GUINSBURG, 1999).
INCA (2002) relata que há opióides para dor leve a moderada e para dor moderada a intensa, devendo sempre respeitar a tolerância e efeitos adversos de cada paciente. Os mais utilizados são:
• Codeína: opióide fraco, tendo em torno de 1/10 da potência da morfina, não utilizado por via endovenosa;
• Tramadol: utilizado para dor leve a moderada, disponível via oral e endovenosa;
• Morfina: utilizado para dor intensa aguda ou crônica. Para se alcançar o efeito terapêutico desejado é necessário ser administrada de 4/4 horas;
• Fentanil: seu uso é mais indicado quando o paciente não consegue tolerar o uso da morfina devido as seus efeitos colaterais. Muito utilizada em anestesia. Disponível via endovenosa e transdérmica (adesivos);
• Oxicodona: similar a morfina, causa menos sedação e mais constipação. Sua utilização via oral é 1,5 a 2 vezes mais potente do que a morfina oral e via endovenosa é 10 vezes mais potente que a morfina.
1.4.2 Analgésicos não-opióides
Os antiinflamatórios não hormonais (AINEs) são os principais representantes dessa classe. São indicados em processos de dor leve ou moderado e/ou quando a mesma estiver associada a um processo inflamatório. Seu mecanismo de ação atua na inibição das prostaglandinas e do tromboxane, liberados durante a agressão tecidual (GUINSBURG, 1999).
É um grupo de drogas que possuem efeito analgésico, antiinflamatório e antitérmico, sendo que o aumento da dose acima de certo nível não produz o efeito terapêutico desejado. O uso de um AINE com um opióide alivia a dor de forma mais efetiva que um opióide isolado. Dentre os efeitos colaterais mais comuns podemos destacar irritação gastroduodenal e sangramento, efeitos renais como edema e hipertensão e efeitos hematológicos que inibem a agregação plaquetária (INCA, 2002).

1.4.3 Analgésicos adjuvantes

Conforme INCA (2002) são medicamentos desenvolvidos não para o alívio da dor, mas possuem este efeito em certas situações. São eles:
• Antidepressivos: atuam bloqueando a recaptação de serotonina e noradrenalina nos neurotransmissores envolvidos na nocicepção. Também promovem a analgesia, aumentando os níveis de morfina plasmática. Os mais utilizados são a amitriptilina, imipramina, citalopran e a sertralina;
• Anticonvulsivantes: utilizadas em casos de dor neuropática, principalmente dor lancinante, como em neuralgia do trigêmeo, pós-herpética, compressão medular e esclerose múltipla. As drogas mais utilizadas são a carbamazepina, gabapentina e a fenitoína;
• Anestésicos locais: aliviam a dor neuropática. Utilizados via endovenosa ou subcutânea, como a lidocaína;
• Corticosteróides: atuam como analgésicos diminuindo prostaglandinas locais envolvidas na inflamação e nocicepção. Os mais utilizados são a dexametasona e a prednisona.
• Antiespasmódicos: utilizados em casos de dor em cólica devido a obstrução intestinal. Essas drogas proporcionam o relaxamento das fibras musculares. A mais utilizada é a hioscina;
• Biosfonatos (pamidronato, zolendronato): aliviam a dor óssea por metástase.

1.5 Medidas não-farmacológicas

São ações utilizadas não como substitutas do medicamento, mas como forma para aliviar episódios agudos de dor que duram segundos ou minutos. Nos casos de dor intensa que duram horas ou dias, uma combinação de medidas não-farmacológicas com medicamentos pode ser uma maneira efetiva para o alívio da dor (SMELTZER; BARE, 2005).
1.5.1 Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS)
Consiste em aplicação de eletrodos, ligados a uma unidade operada por bateria, na pele do paciente para produzir uma sensação de formigamento ou vibração na área da dor. É um método utilizado para o alívio da dor aguda e crônica (SMELTZER; BARE, 2005).
1.5.2 Terapias com gelo e calor

A ação analgésica do frio ocorre devido à diminuição do fluxo sanguíneo e diminuição do edema. Reduz a velocidade da condução nervosa, retardando os estímulos dolorosos à medula (INCA, 2002).
Na terapia com gelo, para se alcançar o efeito máximo desejado, o gelo deve ser colocado sobre o local da ferida imediatamente após a lesão ou a cirurgia. Para que não haja nenhum tipo de lesão, deve-se avaliar a pele antes do tratamento e protegê-la contra a aplicação direta do gelo, o mesmo deve ser aplicado em uma área não mais do que 20 minutos por vez (SMELTZER; BARE, 2005).
Na terapia com calor acredita-se que o mesmo aumente o fluxo sanguíneo e o relaxamento muscular, diminuindo a sensação dolorosa. Pode ser aplicado pro meio de bolsas ou compressas durante 20 a 30 minutos de 3 a 4 vezes por dia (INCA, 2002).

1.5.3 Massagem

Consiste na aplicação de toque suave ou com pressão em tecidos moles, músculos, tendões e ligamentos. Proporciona um relaxamento muscular com melhora da circulação, promovendo uma sensação de conforto e bem estar (INCA, 2002).

1.5.4 Exercícios e atividade física

Essenciais no controle da dor por combater síndromes de desuso melhoram o humor, qualidade de vida, padrão do sono e alivia a ansiedade (INCA, 2002).

1.5.5 Distração

A distração envolve focalizar a atenção do paciente em alguma coisa diferente da dor, como ver televisão ou ouvir música, realizar exercícios físicos e mentais, conversar com familiares e amigos e realizar atividades que exijam concentração como jogos (SMELTZER; BARE, 2005).





















CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA



Trata-se de uma revisão de literatura do tipo exploratória com abordagem qualitativa.
Segundo Gil (1999) as pesquisas exploratórias tem o objetivo de esclarecer conceitos, de oferecer uma visão geral de um determinado assunto.
Para Richardson (1999) a pesquisa qualitativa é um método de compreensão de significados e características situacionais, na qual não se emprega um instrumento estatístico para análise de um problema.
Para realizar este estudo de revisão de literatura foram analisados livros e artigos, estes publicados em base de dados on line, no período de 1999 a 2010. Foram utilizados 6 artigos e 3 livros para elaboração do artigo.
























CAPÍTULO 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS


A enfermagem deve estar atenta às queixas dos pacientes, avaliar e mensurar a dor, para que possa estabelecer um bom plano de cuidados proporcionando conforto e bem-estar.
A mensuração da dor é uma forma de melhor compreender a dor do paciente, facilitando o planejamento das ações e contribuindo na avaliação da eficácia do tratamento.
É importante que toda a equipe esteja comprometida para que juntos possam trabalhar a fim de obter sucesso no controle e manejo da dor.




















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BOTTEGA F. H.; FONTANA, T. F. A dor como quinto sinal vital: utilização da escala de avaliação por enfermeiros de um hospital geral. Texto Contexto Enfermagem. Florianópolis, v.19, n.2, pp. 283-290, 2010. Disponível em:
FONTES, K. B.; JAQUES, A. E. O papel da enfermagem frente ao monitoramento da dor como 5º sinal vital. Ciência Cuidado em Saúde. Paraná, v.6, suplemento 2, pp. 481-487, 2007. Disponível em: 361/3397>

FREITAS, C. DE C.; et al. Avaliação da dor com o uso de escalas unidimensionais. Revista da dor. v.10, n.1, pp. 56-62, 2009. Disponível em:9/volume_10/n%C3%BAmero_1/pdf/Volume_10_n_01_Pags_56-62.pdf>
GUINSBURG, R. Avaliação e tratamento da dor no recém-nascido. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, v.75, n.3, 1999. Disponível em:
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.pp 43-65.
INCA – Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos: controle da dor. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:
PEDROSO, R. A.; CELICH, K. L. S. Dor: quinto sinal vital, um desafio para o cuidar em enfermagem. Texto Contexto Enfermagem. Florianópolis, v.15, n.2, pp.270-276, 2006. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-0707200600
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RICHARDSON, R. J.; et al .Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. pp. 79-90
SMELTZER, S. C; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

atendimento humanizado na UTI

FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS
Anderson Ferreira Cruz
Anhanguera Educacional
enfermeiroanderson@live.com


ATENDIMENTO HUMANIZADO NA UNIDADE DE TERIA INTENSIVA:
UMA VISÃO DA EQUIPE DE ENFERMEGEM
RESUMO
O presente estudo pretende conhecer a visão da equipe de enfermagem a cerca do atendimento humanizado na UTI com base no discurso da essência da enfermagem e o cuidar. Levando-se em conta que eles trabalham em um ambiente fechado onde o conhecimento de alta complexidade é fundamental para um atendimento adequado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, no qual o referencial teórico baseou-se na leitura de artigos. Os resultados mostram que a qualidade no atendimento em uma UTI esta inserido em uma complexa teia que se move em um ritmo de autonomia, dependência e co-responsabilização para o cuidado. Entendemos que essa realidade possa demonstrar a necessidade, os saberes e práticas dos profissionais de enfermagem e promover a constante reformulação e transformação do existencial de cuidados intensivos.

Palavras Chaves: Humanização, Enfermagem, UTI.

ABSTRACT
This study aims to meet the vision of the nursing team about humanized care in the ICU based on the discourse of the essence of nursing and caring. Considering that they work in a closed environment where the knowledge of high complexity is essential for adequate care. This is a qualitative research, in which the theoretical referential was based on reading articles. The results show that the quality of care in an ICU is inserted into a complex web that moves in a rhythm of autonomy, dependence and co-responsibility for the care. We understand that this reality can demonstrate the need, the knowledge and practices of nursing and to promote the constant reformulation of existential intensive care.

Keywords: humanization, nursing, ICU.


1. INTRODUÇÃO
O atendimento humanizado na UTI ao longo da historia trás uma serie de integrantes questionamentos que nos fazem repensar nossos discursos e nossa pratica profissional. As situações construídas e reconstruídas, conforme o entese da sociedade de cada época sem levar em conta qualidade e conforto do paciente supunha que a equipe de enfermagem evoluindo com tecnologia técnicas empregadas, mas e essência humana ficou esquecida, tente-se hoje uma visão restrita sobre os cuidados intensivos.
A enfermagem acompanhou a evolução histórico-estrutural no mundo, inclusive antes de sua profissionalização no século XIX, puncionando dentro de uma linha mais humanísticas de vanguarda teve uma boa contribuição nas armas correlatas a ciência humana, como filosofia antropologia, a psicologia e a sociologia a enfermagem seguiu nesta linha, ate mesmo como forma de tornar independente do saber medico tecnista as suas ações de cuidado.
E neste sentido e que se pensa em cuidado na atualidade porem percebe-se que compreensão mostrada através das estratégias emprega nos cuidados ao paciente são direcionadas ao senso humanístico e sim uma visão tecnicista de alta complexidade sem levar em conta o individuo como um todo o mescla uma realidade vivencia pela equipe de enfermagem e o atendimento ao doente, entre outros.
Segundo Lopes (2005), baseia-se em processo de relação. Compreendendo o principio da relação como um período que abrange a admissão do paciente, o processo de avaliação diagnóstico (conhecer o paciente). Estendendo-se para o corpo da relação onde se inicia a partir de um processo de intervenção terapêutica de enfermagem, este que e dirigido ao dente/família, destacando-se a gestão de sentimentos e a gestão de informação. A primeira caracteriza-se pela criação de um espaço/ tempo e pela expressão de sentimentos, tentativa de promoção de confiança/segurança manifestada pelos doentes. Já a gestão de informação deve atender as necessidades e solicitações do cliente assumindo um papel de organizador sendo repetidas e garantidas quantas vezes ferem necessárias.
O estudo pretende conhecer a lógica do atendimento humanístico na UTI com base no discurso defendido pelo enfermeiro que se deve ver o paciente como um todo, uma visão mais holística do sobre o paciente com intuito de promover a discussão do assunto âmbito profissional mundial.
Assim, as subcategorias, a valorização da técnica em detrimento do cuidado - a realidade do cuidar em UTI; o relacionamento com pacientes e familiares: uma coisa assim mais superficial revela a realidade do cuidar em terapia intensiva. Se cada um de nós entendermos e aceitar quem somos e o que estamos fazendo, seremos capazes de lutar e agir para que essa mudança aconteça, nem que, para isso, sejam necessárias décadas. O significado de humanizar: amar ao próximo como a si mesmo, que nada mais é do que uma forma de dar sentido a nossa vida deixará de ser simplesmente um discurso para ser verdadeiramente vivenciado.

















2. LEVANTAMENTO DE LITERATURA
O cuidado de enfermagem prestado nas unidades de terapia intensiva, de certa forma, é paradoxal. Em algumas situações, é preciso provocar dor, para que se possa recuperar e manter a vida. Em outras, não se pode falar, apenas cuidar de uma pessoa que não dá sinais de estar sendo percebida como pessoa. O cuidado, num caso desses, parece não implicar uma relação de troca, devido à imobilidade ou falta de diálogo e interação com o outro. Sendo assim, é possível pensar que exista, na profissão de enfermagem, uma robotização/mecanização das ações e práticas de cuidado.
A UTI não é apenas um serviço com equipamento especial. Nela, um dos fatores primordiais é a prestação da assistência, por meio de um relacionamento interpessoal, que deve se dar por via da comunicação verbal ou não verbal. Nesse contexto, espera-se estar oferecendo segurança e um efetivo apoio emocional ao cliente e a sua família, aliados a uma atitude orientada para o aproveitamento dos recursos tecnológicos existentes.
O contexto do trabalho na UTI apresenta uma série de nuances, concordâncias e contradições que se referem ao sistema cultural da prática do cuidar em enfermagem.
Assim, as subcategorias, a valorização da técnica em detrimento do cuidado - a realidade do cuidar em UTI; o relacionamento com pacientes e familiares: uma coisa assim mais superficial revela a realidade do cuidar em terapia intensiva. Se cada um de nós entendermos e aceitar quem somos e o que estamos fazendo, seremos capazes de lutar e agir para que essa mudança aconteça, nem que, para isso, sejam necessárias décadas. O significado de humanizar: amar ao próximo como a si mesmo, que nada mais é do que uma forma de dar sentido a nossa vida deixará de ser simplesmente um discurso para ser verdadeiramente vivenciado.








3. METODOLOGIA
Para realização deste estudo, o qual se propôs identificar a visão da equipe de enfermagem em relação ao atendimento humanizado na UTI optou-se por uma abordagem qualitativa do tipo descritiva.
O estudo teve como base a análise de artigos onde se propôs através de leitura uma análise dentro ótica da equipe sobre tudo o enfermeiro de que forma se da o trabalho humanizado na UTI destacando a realidade vivenciada por eles.
Os dados serão coletados a partir do interesse e da curiosidade do pesquisador em dar continuação ao estudo que já foi i trabalhado anteriormente, com intuito de inserir um pensamento de ligamento e de pensamentos acumulados tendo como objetivo encontrar soluções pra o problema levantado.









REFERÊNCIAS


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FAQUINELLO, P.; HIGARASHI, I. H.; MARCON, S. S. O atendimento humanizado em unidade pediátrica: percepção do acompanhante da criança hospitalizada. Texto contexto - enfermagem. [online]. n.4, vol.16, , pp. 609-616.,2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072007000400004

GAIVA, M. A. M.; CARMEN, G. S. Processo de trabalho em saúde e enfermagem em UTI neonatal. Revista Latino-Americana Enfermagem. v. 12, n. 3, pp. 469-476, 2004.

INABA, L. C.; SILVA, M. J. P. da; TELLES, S. C. R. Paciente crítico e comunicação: visão de familiares sobre sua adequação pela equipe de enfermagem. Revista escola enfermagem USP [online]. n. 4, v. 39, pp. 423-429, 2005.Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342005000400008.

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MARTINS, J. T.; ROBAZZI, M. L. DO C. C.; GARANHANI, M. L. Sentimentos de prazer entre enfermeiros de unidades de terapia intensiva. Ciência enfermagem [online]. n.3, vol.15, pp. 45-53, 2009. Disponível em: http://www.scielo.cl/pdf/cienf/v15n3/art_06.pd
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